sábado, outubro 28, 2006

Jardins ou Centros Comerciais parte II


ao me lembrar da cidade onde nasci e cresci posso enumerar poucos espaços onde realmente se possa sentar na relva...
(Frederico, se te lembrares de mais algum diz...)

- A linha d'água, calmo e sossegado quanto baste. com metro pertinho, mas um pouco de ruído de fundo (rua e trânsito, aviões, ...)

- Os jardins da Gulbenkian. Esse oásis...

- Belém, desde as docas até ao museu da electricidade, junto à torre de belém ou por detrás dos prédios em frente aos pastéis de belém. (com o comboio ali a passar ao lado e com os carros na semi-via rápida... mas é realmente muito pouco acessível, sem metro, de autocarro é uma anedota ou de eléctrico que volta e meia fica parado no calvário por um idiota qualquer (ir)responsável ter deixado o carro em segunda fila...)

- O jardim da estrela, com os seus arruamentos e as suas vedações... enfim, tão inacessível como Belém.

- Os jardins da Alameda, essa língua de relva. (com tanto engarrafamento e buzinadela ali... não há descanso...)

- O Parque dos Moinhos, no Restelo, inacessível sem carro. autocarros? enfim, os horários são uma anedota.

- O monsanto, enfim, um parque florestal enorme e cheio de potencial, mas até há pouco tempo era um espaço estanque e fechado. Continua estranho pois continua inacessível (até pela proibiç\ao de estacionar) e com umas ilhas de certa maneira confusas, como o Parque da Serafina - espaço verde a toda a volta mas ali não há um único espaço verde útil, é tudo construído.

- A zona Norte do Parque das Nações, a única que resistiu à construção desenfreada, onde ainda hoje se joga à bola e se pode apreciar calmamente e sem ruído, o rio. (pena que às vezes haja um odorzito)...
tantos jardins que ali existiam e agora... prédios.

- A alameda da Universidade e os jardins do Campo Grande... (tb um belo espectáculo para os automobilistas nas suas intermináveis filas de trânsito ao fim da tarde...)

enquanto crescia havia um jardim onde ia brincar, no bairro de São João. Ainda existe, mas agora há um fantástico parque infantil enjaulado e tudo o resto é uma ruína. até os bancos. reparei também que foi alcatroado e removeram a relva.
abriram um outro espaço, na quinta bensaúde... já lá fui. é uma maravilhosa e autêntica selva. Só quem ali mora é que conhece a entrada e de carro é praticamente impossível o acesso.

alguém se lembra de mais algum no qual se possa:
- sentar na relva
- levar um livro e ler descansado (ainda que alguns destes exemplos não sejam propriamente o ideal silencioso...)
- e seja minimamente acessível de transportes públicos??????

porque será que tantas pessoas vão estudar para o Atrium, para o Monumental e para o Colombo? para o Amoreiras e afins?

Para onde foram os idosos que jogavam às cartas nos jardins?
Para onde foram os reformados que viam o mundo desenrolar-se perante si, sentados no banco do jardim?
Onde levam os avós, agora, os netos a passear, a brincar?

É uma pena que as árvores não paguem imposto.

3 Comments:

Blogger Grow2Harvest said...

já me lembrei de outro que não tinha incluído...

o jardim do arco do cego.

mas incluo-o na já longa lista de avenidas, alamedas, largos e larguinhos ajardinados à beira da estrada...

6:14 da tarde  
Blogger Comité Lateral said...

Apesar de igualmente pouco acessivel, a Tapada da Ajuda não pode deixar de figurar na tua lista.

Sr. Palomar

4:31 da tarde  
Blogger Grow2Harvest said...

Pois é, faltou-me a Tapada da Ajuda... com a Tapadinha ali tão perto, esqueci-me absolutamente.

5:08 da tarde  

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