Assembleia da República
PSD quer ouvir ministra acerca de professor suspenso por piada sobre licenciatura de Sócrates
22.05.2007 - 18h07 Lusa
O PSD requereu hoje a audição da ministra da Educação em sede de comissão parlamentar, para que esclareça “os contornos” da suspensão e abertura de um inquérito a um docente devido a um comentário sobre a licenciatura do primeiro-ministro.
Num requerimento hoje entregue à Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, os sociais-democratas requerem “a presença com carácter de urgência” da titular da pasta da Educação, para que Maria de Lurdes Rodrigues esclareça “todos os contornos desta inqualificável situação”, assim como “as medidas tomadas ou a tomar para a devida reparação dos efeitos causados”.
O professor de Inglês Fernando Charrua, que trabalhava há quase 20 anos na DREN, foi suspenso de funções depois de ter feito um comentário ao caso da licenciatura de José Sócrates na Universidade Independente, durante uma conversa com um colega, dentro do seu gabinete.
Em declarações ao PÚBLICO no sábado, a directora regional classificou o comentário de “insulto” e justificou a suspensão e a abertura do processo disciplinar alegando tratar-se de uma situação “extremamente grave e inaceitável”.
Fim de funções decidida sem processo disciplinar
O docente em causa, que foi deputado pelo PSD, interpôs uma providência cautelar para contestar a suspensão, mas o Ministério da Educação pôs fim à sua requisição de funções na Direcção Regional antes de ser conhecida a decisão judicial, pelo que o docente acabou por regressar à escola secundária do Porto, a que estava afecto.
“O PSD considera esta situação extremamente grave, por a mesma indiciar uma atitude intimidatória, persecutória e opressora dos mais elementares direitos, liberdades e garantias que devem conformar a nossa sociedade”, lê-se no requerimento agora entregue pelos sociais-democratas.
No requerimento, destacam ainda à cessação da requisição de funções de Fernando Charrua decidida pelo Ministério da Educação sem “qualquer averiguação, processo disciplinar ou qualquer outra diligência concluída”.
“O Ministério da Educação resolveu proferir a sentença, antes de qualquer processo disciplinar ter sequer sido iniciado. É a política da arbitrariedade e do facto consumado”, acusam os sociais-democratas.
Hoje, o CDS-PP também já entregou no Parlamento um requerimento dirigido ao Ministério da Educação, onde alega que a atitude da directora regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, “demonstra uma falta de liberdade de expressão e de opinião” no seio da Direcção Regional de Educação do Norte”.
Enfim...
A notícia fala por si.
Já não me dão bolsa, com tantas piadas que já disse...